Artigos de Saúde
por Mauro Mazzutti
Dengue
Carazinho X Aedes Aegypti
Aproveitando a audiência do site da Gazeta 670, deixo um recado para a comunidade referente ao ALERTA EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE decretado em nosso município. Segundo a Vigilância Sanitária, estão confirmados dois casos importados; portanto, foram contraídos por moradores de Carazinho fora da nossa cidade. Além dos confirmados, seis casos suspeitos aguardam o resultado laboratorial. Se algum desses seis casos suspeitos for confirmado, teremos o primeiro caso autóctone da história de Carazinho, ou seja, contraído aqui em nossa cidade. Uma mancha que ninguém quer ser responsável.
Não quero fazer uma “caça às bruxas” para achar os culpados e sim auxiliar nesta difícil tarefa de conscientizar as pessoas a fazerem a sua parte. Infelizmente, faz tempo que está sendo anunciado na mídia que um verão chuvoso e o racionamento de água no centro do país iriam turbinar o aparecimento do Aedes Aegypti. Mesmo assim, muitos não se convenceram. A falta de cuidado e higiene continuou e o índice de infestação do mosquito nas residências de Carazinho, segundo a Vigilância Sanitária, nunca foi tão alto. Tempos atrás, quando alguém ligava para a Secretaria de Saúde informando que havia capturado ou visto um mosquito da Dengue, eles iam até o local para tomar providências. Hoje, isso não é mais possível devido ao altíssimo índice de aparições do inseto.
A meta agora é evitar que a infestação do Aedes Aegypti se torne ainda maior. Além dos conhecidos cuidados com as águas paradas, o uso de inseticidas e repelentes está entre as principais recomendações da Vigilância Sanitária. Porém, é importante ressaltar que nem sempre o mosquito é vilão; para que o ciclo da doença se complete é necessário que ele pique um ser humano infectado com a Dengue e após cerca de 10 dias de incubação o mosquito começa a transmitir a doença. Por isso é tão importante que as com pessoas com Dengue sejam quanto antes identificadas e tratadas, pois os casos positivos são um “prato cheio” para uma epidemia, o que seria um desastre para nosso município.
Os sintomas da dengue muitas vezes se assemelham aos da gripe, por isso podem passar despercebidos. Febre, dor de cabeça no fundo dos olhos, cansaço, dores nas articulações, náuseas e vômitos e manchas semelhantes ao sarampo são sintomas da Dengue clássica. É bom saber que os médicos das Unidades Básicas de Saúde da cidade estão em alerta e por isso qualquer caso suspeito deve ser informado o mais rápido possível, especialmente quando os sintomas vêm acompanhados por histórico de viagens para locais onde diversos casos foram confirmados, como São Paulo e Santa Catarina, por exemplo. Outra dica é evitar automedicação, especialmente se o produto contiver ácido acetilsalicílico.
Conheça o Aedes Aegypti, um dos principais vilões da saúde pública em nossa cidade:
Possui cor café e tem manchas (riscos) brancas no dorso, pernas e cabeça e mede em torno de meio centímetro.
São as fêmeas que picam o ser humano e são ativas durante o dia todo, diferentemente do mosquito comum que ataca mais à noite.
A fêmea do Aedes vive cerca de 30 a 45 dias. Para um inseto é um tempo de vida relativamente longo. Nesse período, pode contaminar até 300 pessoas.
Picam nas regiões dos pés, tornozelos e pernas. Isso ocorre, pois costumam voar a uma altura máxima de meio metro do solo. A fêmea deposita seus ovos em locais com água parada (limpa ou pouco poluída). Por isso, é importante não deixar objetos com água parada dentro de casa ou no quintal. Sem esse ambiente favorável, o Aedes Aegypti não consegue se reproduzir.
O Aedes Aegypti também pode transmitir a Febre Amarela.
Confira a foto do Aedes Aegypti. . Abraço a todos!
